quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010



Passaram três meses e Paulo Rangel confessa a sua coerência
(www.expresso.pt)
21:57 Quinta-feira, 29 de Out de 2009:

- passaram três meses, e

“Marcelo Rebelo de Sousa tem condições para ser um líder excepcional e o partido tem o dever de o fazer vir a ser líder", afirmou Paulo Rangel” que hoje, 10fevereiro2010, afirma que esse dever já não é dever.

- Paulo Rangel afirmou: "digo peremptoriamente que não estou na corrida"para presidente do PSD, porque é “facto de ter sido eleito euro-deputado há apenas três meses: "Seria um mau sinal dado à democracia. Ninguém compreenderia".
Vejamos:
1- “peremptoriamente” isto é “irrevogavelmente”: afinal para que serve o Dicionário da Língua?
2- “eleito euro-deputado há apenas três meses”: de três em três meses Paulo Rangel muda/troca-se irrevogavelmente.
3- "Seria um mau sinal dado à democracia. Ninguém compreenderia". Portanto: Paulo Rangel está a dar um mau sinal à democracia ao anunciar esta noite (10fev10) a sua candidatura à liderança do PSD. – O que é um mau sinal dado à democracia? Isso mesmo um mau sinal dado à democracia.
4-Paulo Rangel já começou a campanha a favor do professor e contra Pedro Passos Coelho.” – Assim: abandonou a campanha a favro do professor e começou mesmo a contra Passos Coelho.
5- As credenciais de Paulo aí estão: coerente!

Antes assim que a pide!


Não há nenhuma monda!
Não há nenhuma “monda”! O que há é uma jornalística mentalidade tão infantilizada que se auto-criou a certeza de infalibilidade: “os jornalistas são infalíveis” – isto não é uma impressão, é um “sacramento”, coisa sagrada propriedade exclusiva dos jornalistas e, daí, intocável porque insusceptível de ser beliscada: são os únicos conhecedores da(s) verdade(s) e, daí, têm sempre razão. Por que motivo têm sempre (a) razão? Porque têm tout court, sem mais: têm e pronto!
Talvez lhes assista e, daí, pertença uma ainda atávica mentalidade pidesca, isto é: por que motivo têm sempre (a) razão? Porque têm tout court, sem mais: têm e pronto! A ninguém assiste o direito da legítima defesa perante o ataque e/ou acusação dos jornalistas: têm razão, e pronto!
Basta estar atento e todos os dias verificamos quantas vezes notícias e comentários são contraditados de cinco em cinco minutos, de jornal a jornal, de rádio e a rádio, de tv a tv. Antes assim que a pide.

cometeram o crime de revelar o que se estava a passar num processo judicial



Era uma vez um procurador, um juiz e um processo. Processo designado “Esconso Semblante”, relativo ao sr. A e ao sr. B; deste processo constou uma série de telefonemas. Estamos em 1980, Dezembro.
O primeiro, analisando o processo relativo ao sr. A e ao sr. B, encontrou (como o segundo) telefonemas do sr. A para o sr. X. Ambos (ninguém viu) foram tomar café. Junho. Você que me diz sobre o comportamento do sr. X? Acho que se meteu num negócio sobre a empresa Y, responde o outro. Também me pareceu isso, retorquiu o interlocutor. Isso é crime contra o Estado, não acha, amigo? Claro, amigo, sim. Que fazer? Respondo já, vamos contar isto a alguém, convidamos para almoçar a Joana Geronta ou um dos seus amigos. Meu amigo, é para já, estou farto deste governante, é que nunca mais de lá sai, não sai a bem sai a mal. Almoço de quatro, os dois mais a srª. Geronta e o sr. Amuado, convidado que fora, sem comparecer, o sr. Berrador. Dia seguinte ao almoço. Minha senhora, acha que há liberdade de informação no nosso país? Não há, já desde Junho que ando a dizer a isso. Como é que srª. soube? perguntou o incipiente periodicista. As fontes não se revelam, não é sr. periodicista? Afinal, minha senhora, o primeiro e segundo cometeram o crime de revelar o que se estava a passar num processo judicial, isso é crime contra o Estado de Direito. Sr. periodicista, essa é a sua opinião,... desde Junho que ando a dizer a isso. Pois anda, minha senhora, o meu colega também! Temos razão os dois, está a ver?

Está aí quase a chegar...

Arquivo do blogue