segunda-feira, 15 de janeiro de 2018


Trump autoproclamou-se um “génio muito equilibrado”. Génio, pois. Pois!
Foi “blague”?
O Dicionário Eletrônico Houaiss de Língua Portuguesa regista queblague” é “observação ou relato que diverte, faz rir ou mostra senso de humor; piada, pilhéria, graça.”
Blague” trumpista? Impossível.
É que, para divertir, fazer rir ou mostrar senso de humor, é necessário ser inteligente.

Ora Trump – o génio – não sabe da existência de Os Lusíadas, onde podemos ler pela pena de Luís Vaz de Camões da boca de Vasco da Gama:

That one praise others' exploits and renown 
is honour' d custom which we all desire ; 
. yet fear I 'tis unfit to praise mine own ; 
lest praise, like this suspect, no trust inspire

O original diz (no Canto III, estrofe 4):

Que outrem possa louvar esforço alheio,
Cousa é que se costuma e se deseja;
Mas louvar os meus próprios, arreceio
Que louvor tão suspeito mal me esteja;”

NB – Trump não percebe a tradução inglesa; por isso lhe acrescentei o original em Língua de Camões, para ele tentar perceber que “arreceio
Que louvor tão suspeito mal LHE esteja.
Blague” trumpista? Impossível.
É que, para divertir, fazer rir ou mostrar senso de humor, é necessário ser inteligente.

2-Pelo sim pelo não: não recorri à Antiguidade. Vou recorrer. Em Língua dos Romanos se dizia “Laus in ore proprio villescitisto é, ELOGIO EM BOCA PRÓPRIA É VITUPÉRIO”. É necessário ser inteligente para divertir, fazer rir ou mostrar senso de humor.
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agora, eis aqui uma indicação de leitura:
O Le Monde publicou um artigo com o título «Trump est le mauvais génie d’une Amérique malheureuse»  (Em http://www.lemonde.fr/idees/article/2018/01/11/trump-est-le-mauvais-genie-d-une-amerique-malheureuse_5240297_3232.html)




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