sexta-feira, 16 de março de 2007




É fácil falar, falar, falar.
Difícil, e humano, é
ter a coragem de lutar,
ir para a frente,
enfrentar de caras o inimigo e
dar-lhe luta.

Fugir nunca é solução.
Fugir é cobardia.
Vitimizar-se é fácil, é cobardia.
É preciso enfrentar o mundo se temos razão; se a não temos, só há que, arrostando o mundo, confessar que a não temos: é que a verdade, mesmo se dura, liberta-nos.
Se não nos libertamos estamos a renunciar à essência humana, porque ser pessoa é ser livre.
A cisma de acharmos que somente nós é que temos razão (mesmo quando a não temos ou não queremos ver que a não temos) é um perigo para todos os outros: estamos - paradoxo! - a dizer que os outros estão a violar a nossa liberdade.
Óbvio: não somos capazes de aceitar que não temos razão; vamos aos arames de cada vez que mostram que não temos razão; dado que somente o nosso ponto de vista é que conta e vale, segue-se que vamos aos arames despudorada e continuamente : desfaçatez!
Se e quando não queremos ou não somos capazes de aceitar que não temos razão - daí se apura que realmente não somos livres, precisamente porque nos recusamos a ver a verdade que é a de não termos razão. Dado que a verdade nos liberta, acontece que - “Se e quando não queremos ou não somos capazes de aceitar que não temos razão ” - não somos livres e, daí, passamos cada momento da vida a desconfiar de tudo e de todos.
Isso é cobardia.
É fácil falar, falar, falar. Difícil, e humano, é ter a coragem de lutar, ir para a frente, enfrentar de caras o inimigo e dar-lhe luta. Fugir nunca é solução. Fugir é cobardia. Vitimizar-se é fácil, é cobardia. É preciso enfrentar o mundo se temos razão; se a não temos, só há que reconhecer a nossa falta dela: a verdade, mesmo se dura, liberta-nos. Se não nos libertamos estamos a renunciar à essência humana, porque ser pessoa é ser livre. A mania de acharmos que somente nós é que temos razão (mesmo quando a não temos ou não queremos ver que a não temos) é um perigo para todos os outros: estamos - paradoxo! - a dizer que os outros estão a violar a nossa liberdade. Óbvio: não somos capazes de aceitar que não temos razão; vamos aos arames de cada vez que mostram que não temos razão; dado que somente o nosso ponto de vista é que conta e vale, segue-se que vamos aos arames continuamente . Se e quando não somos capazes de aceitar que não temos razão - daí se infere que realmente não somos livres precisamente porque nos recusamos a ver a verdade que é a de não termos razão.


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