sábado, 20 de maio de 2006



Uma loira :
- Mamã, mamã, eu estou grávida
- Mas, minha querida, onde é que tinhas a cabeça ?
- No volante !

Os efeitos têm causas









Os efeitos têm causas - já o reconhecia o Sr. De La Palisse.
O mesmo Sr. também sabia que as causas, se o são, produzem efeitos.

Que aconteceu depois da invasão do Iraque? O caos a que todos os dias assistimos. Eis o caso de hoje (20mai02006- SIC):

"Pelo menos 19 pessoas morreram e 36 ficaram feridas numa explosão, esta manhã, num bairro xiita da zona este de Bagdade. É mais um atentado a acordar a capital iraquiana, no dia em que é apresentado o novo governo de unidade nacional."

Este caos é efeito directo daquela invasão perpetrada pelos exércitos mais fortes do planeta.
Claro que Saddam foi um assassino sem desculpa de nenhuma espécie.
Mas as consequências letais daquela invasão continuam ininterrupta e diariamente

Quando aprovamos um acto de assassinato, estamos a apoiar esse próprio assassinato, pelo que o assassino acaba por se sentir estimulado a sê-lo. Bem podemos protestar que não somos nós o assassino. Claro. Mas não deixamos de o ser moralmente; ou então, não temos uma realidade que se designa por consciência moral que é a função prática da consciência, que distingue o bem do mal e julga os actos humanos.

Quem, embora o não tenha cometido, aprovou o assassinato, é moralmente responsável pela morte dos inocentes.

Veja-se o caso de Guernica (26 de Abril de 1937; já lá vão quase 70 anos): durante três horas, quarenta aviões alemães da Legião Condor bombardearam essa povoação indefensa. Centenas de inocentes assassinados.

Da Web: "O acontecimento que inspirou o conhecido quadro de ' Picasso ' foi a própria cidade de Guernica, capital da província Basca, a qual a 26 de Abril de 1937 foi alvo de bombardeamentos por parte de aviões alemães (Legião Condor) por ordem do General Franco. Dos 7000 habitantes, 1654 foram mortos e 889 feridos. A destruição de Guernica foi a primeira demonstração da técnica de bombardeamentos de saturação, mais tarde empregado na 2ª Guerra Mundial. O Mural constituiu uma visão profética da desgraça."
O caudilho Franco certamente apoiou: se os alemães o fizeram foi porque tinham sabidamente a aprovação de Franco e da (in)consciência moral seus apaniguados.

Arquivo do blogue