quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Isto é...


Isto é... fadas


Isto é...um assalto





Isto é

26dez07 rico não vai preso

26Dezembro2007, depois do telejornal das 13h, numa novela brasileira: uma personagem sinistra, de nome Vitinho (Vítor Lobo, o playboy mais requisitado da cidade, rico para burro), sombrio, tétrico, malvado, cruel, terrível, funesto, ameaçador, aterrradoramente infeliz e diabolicamente invejoso, assassino, sequestrador de crianças, violador, assassino do próprio pai (que, entretanto, é mantido em coma por um médico comprado pelo Vitinho) e ameaçador de morte para com a irmã e todos os que o chateiam nos caprichos dele; Vitinho está numa esquadra da polícia de Rio de Janeiro acusado de ter agredido um fotógrafo, responde aos polícias: “isto aqui é Brasil, cadeia é para pobre, eu sou rico não vou ser preso nunca, pago os melhores advogados.”

“Pago os melhores advogados” – Esta frase faz-me lembrar os filmes (filmes?!) em que a máfia é protegida e “salva”, em tribunal, pela acção dos causídicos.

Será possível que agentes da lei (e, já agora, da saúde), isto é advogados (e, já agora, médicos) se mancomunem para tratar da saúde das vítimas dos criminosos? Isto só nos filmes, isto é, no material plástico fabricado a partir da cânfora e da nitrocelulose (isto é, no celulóide) e/ou no Digital Versatile Disc (isto é, no DVD); isto é, na construção, voluntária ou involuntária, da imaginação (isto é, na ficção).

[(((Ver só telenovelas é um acto estúpido. Não o nego. Às vezes, contudo, elas, isto é, as telenovelas, parecem, cretinamente, querer imitar a realidade. E, no mundo quase virtual em que vivemos, acabamos, cretinamente, por misturar realidade com ficção ou vice-versa, isto é ficção com realidade: pago os melhores advogados e compro o médico)))]

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