sábado, 13 de maio de 2006

Se estas contas estão certas...

Na minha leitura diária de jornais deparei-me com esta notícia. Reacção: choque! horror! tragédia!

De acordo com a notícia isto acontece a quem se reformar nos próximos 20 anos. Ora, a minha reforma (se antes não me sair o euromilhões) será daqui a 30 anos.

Fiquei a pensar... e estou a chegar a uma conclusão: se calhar, esqueço a preparação escolar, o gosto por aquilo que faço e vou ali para as Docas ou para o Bairro Alto ajudar a estacionar automóveis! Senão vejamos: o ordenado aumentará substancialmente, não vou fazer qualquer desconto logo posso armazenar para o futuro com a certeza de que depois vais estar lá, os horários são flexíveis, o patronato não é prepotentemente autoritário, o ambiente é ao ar livre e posso apresentar um look mais casual todos os dias.

Esta história das reformas e do desemprego são de facto muito preocupantes. Mas fico sempre com a ideia que aqueles que se preocupam menos com isto sao os governantes. As reformas são que são e avizinham-se tempos dificeis para a Segurança Social. Quanto ao emprego/desemprego apresento apenas dois apontamentos rápidos. Recentemente dois amigos meus ficaram sem trabalho:

- um de um grupo radiofónico de relevo no panorama nacional, mas cujos representantes afirmaram que os tempos estão dificeis e o dinheiro começa a ser curto. As palavras não foram estas, mas a ideia é esta. Dias depois, eu continuo a ver grandes outdoors e espaços publicitários a programads e rubricas dessa estação emissora. Caramba, só há dinheiro para o que se quer. Explora-se uma pessoa durante anos, afiança-se-lhe que desempenha bem o seu trabalho e depois dá-se-lhe o tratamento VIP final: a porta da rua é servetia da casa. :-(

- outro ficou sem trabalho porque o local onde estava simplesmente acabou, fechou. Acontece, é verdade! Mas as propostas que se seguiram é que são o rídiculo da questão. Nomeadamente uma que nem a um estagiátio se deveria fazer. Sendo que este meu amigo tem 10 anos de profissão desempenhados com dedicação e profissionalismo. E não podemos esquecer o discurso paternal: "gostámos muito do seu currículo, é o melhor que aqui apareceu. É a pessoa indicada para estas funções." Pois é, mas a proposta deles não batia o subsídio de desemprego e portanto mais vale continuar a procurar algo melhor.

Triste, muito triste vai este país e os incentivos aos mais jovens.

Saudações virtuais

Arquivo do blogue