quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

cometeram o crime de revelar o que se estava a passar num processo judicial



Era uma vez um procurador, um juiz e um processo. Processo designado “Esconso Semblante”, relativo ao sr. A e ao sr. B; deste processo constou uma série de telefonemas. Estamos em 1980, Dezembro.
O primeiro, analisando o processo relativo ao sr. A e ao sr. B, encontrou (como o segundo) telefonemas do sr. A para o sr. X. Ambos (ninguém viu) foram tomar café. Junho. Você que me diz sobre o comportamento do sr. X? Acho que se meteu num negócio sobre a empresa Y, responde o outro. Também me pareceu isso, retorquiu o interlocutor. Isso é crime contra o Estado, não acha, amigo? Claro, amigo, sim. Que fazer? Respondo já, vamos contar isto a alguém, convidamos para almoçar a Joana Geronta ou um dos seus amigos. Meu amigo, é para já, estou farto deste governante, é que nunca mais de lá sai, não sai a bem sai a mal. Almoço de quatro, os dois mais a srª. Geronta e o sr. Amuado, convidado que fora, sem comparecer, o sr. Berrador. Dia seguinte ao almoço. Minha senhora, acha que há liberdade de informação no nosso país? Não há, já desde Junho que ando a dizer a isso. Como é que srª. soube? perguntou o incipiente periodicista. As fontes não se revelam, não é sr. periodicista? Afinal, minha senhora, o primeiro e segundo cometeram o crime de revelar o que se estava a passar num processo judicial, isso é crime contra o Estado de Direito. Sr. periodicista, essa é a sua opinião,... desde Junho que ando a dizer a isso. Pois anda, minha senhora, o meu colega também! Temos razão os dois, está a ver?

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