terça-feira, 9 de junho de 2009

Um dos senhores da guerra




Na actual crise financeiro-económico-social ficou e continua claro que os politicamente eleitos não souberam trabalhar ou não trabalharam para evitar a crise ou, pelo menos, para lhe dar remédio rápido
Basta ser escravo e servil para se chegar a esses lugares.
Sabemos que a maior maioria dos políticos só se serve e não serve os cidadãos: enchem os seus próprios bolsos, e quanto podem, com o dinheiro do trabalho dos outros.
Na altura, João Paulo II enviou o cardeal Laghi como enviado especial doVaticano para dissuadir Bush júnior do seu desígnio sobre o Iraque. João Paulo II opôs-se completamente à guerra de invasão do Iraque. – Que fez o então primeiro-ministro português, Durão Barroso? Durão Barroso foi o porteiro das Lages (Açores), o servil anfitrião, isto é, foi Durão Barroso que recebeu os SENHORES DA GUERRA e, com eles, aprovou essa guerra. - Já estamos no 5º aniversário da intervenção americana no Iraque. – Durão Barroso (Paulo Portas e Companhia) enviou soldados portugueses para essa guerra. Já morreram 4.000 soldados americanos em 5 anos, talvez não faça demasiado impacto até porque se trata de soldados profissionais, soldados que não foram mobilizados mas que deliberadamente escolheram este modo de vida. MAS, há que acrescentar mais de 100 mil civis inocentes assassinados e mais de um milhão de inocentes deslocados para os países vizinhos. Barroso e Companhia têm responsabilidade (pelo menos, responsabilidade moral) no assassinato desses inocentes numa guerra de invasão cuja causa se provou que estava errada. Errada – por que motivo? Porque os SENHORES DA GUERRA e o seu anfitrião se deixaram levar por impressões: as tais Armas de Destruição de Massas não existiam. (Não esquecer os milhares de inválidos que essa guerra já produziu. Também destes Barroso é culpado). 4.000 soldados americanos mortos! Mais de 100 mil civis inocentes assassinados e mais de um milhão de inocentes deslocados!
No dia 07 de Abril de 2009, no noticiário das 15h, a SicNotícias, mostrou parte do discurso de Obama na Turquia, em que disse : ”… reprovo que no Iraque as tropas americanas tenham rebentado com a vida de tantos inocentes”. Barroso aprovou essa guerra em que foram assassinados milhares de inocentes civis, crianças, mulheres, idosos, doentes.
Barroso "Tem um corpo de plástico, moluscóide, de quem não tem coluna vertebral." afirmou Fernando Nobre, presidente da AMI (=Assistência Médica Internacional), num ataque ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, alegando que "é o único que resta no activo da cimeira da vergonha ", no Diário de Notícias, 07/04/2009.
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A 19 de Março de 2006, ao "Le Grand Juri/RTL/Le Figaro", o actual Presidente da Comissão Europeia disse: "Não foi Portugal que decidiu a guerra" contra o Iraque. E onde está aqui a notícia, senhor ex-Primeiro Ministro de Portugal, trânsfuga para a doce Europa? – Como é que um Presidente da Comissão Europeia pôde declarar que Portugal não decidiu a guerra? Barroso acha e achou que todos os cidadãos do mundo, da Europa e de Portugal, são estúpidos: viva o génio!
Mais: os custos financeiros da guerra foram enormes. Quase toda a despesa, militar e administrativa, tomba sobre o Tesouro dos EUA, é paga pelo Estado americano. Após oito anos sob Bill Cliton, Bush júnior herdou uma América com o superavit que Clinton lhe legou; com remissão de grande parte da dívida central, Bush deixa agora as finanças federais com um enorme deficit e o país em caminho de recessão, arrastando atrás de si quase todo o mundo. – Barroso e Bush que, obviamente, prometeu a Barroso a sua (de Bush) influência para o cargo de Presidente da Comissão Europeia: “Não há almoços grátis”.
“Anche se formalmente è ancora primo ministro José Manuel Durão Barroso è già uscito dalla scena politica portoghese quando ha accettato di essere il successore di Prodi alla testa della Commissione europea”( 1 luglio 2004- Corriere della Sera).
Mais: Durão Barroso foi eleito pelos Portugueses. Barroso prometeu governá-los por quatro anos. Entretanto já prometera que iria governar mais 4 anos. Ao todo, portanto: 8 anos.
Que é que aconteceu entretanto? Ao fim de dois anos de governação, Barroso, sem razão, sentiu-se derrotado nas eleições europeias. Que é que fez? Abandonou a governação que prometera ao povo que o elegeu e que só ele – povo - tinha o direito de o rejeitar. Fugiu para Bruxelas. E aqui que é que tem feito, além de encher os bolsos nas doçuras de Bruxelas? Provas!
Desafio quem quer que seja a enviar-me informações sobre a intervenção de Barroso na crise financeira mundial durante os dois primeiros meses da mesma crise.

O G20 acabou de “condenar” os paraísos fiscais; pergunta: quem é/está a favor desses paraísos fiscais? Os paraísos fiscais “vivent de la dérégulation et prospèrent sur l'argent sale ou illégalement dissimulé” Mais : Paraísos fiscais “les pratiques de ces territoires qui vivent de la dérégulation et prospèrent sur l'argent sale ou illégalement dissimulé. Les paradis fiscaux incitent au pillage fiscal systématique des économies voisines et organisent la protection judiciaire de ceux qui fuient le respect des lois” ( LE MONDE on line| 14.04.09). Outra pergunta: que tem feito Barroso para combater os paraísos fiscais?
Resposta: “l'Union européenne des gouvernements libéraux incarnée par José Manuel Barroso a pris tout au contraire des mesures concrètes pour conforter les paradis fiscaux »( LE MONDE on line| 14.04.09) Outra resposta : o sr. Barroso contribuíu para « la dérégulation et prospèrent sur l'argent sale ou illégalement dissimulé » ; sabemos que a desregulação, o dinheiro sujo e ilegal foram as causas da crise financeira que assola o planeta. Enquanto a maioria de nós pagava impostos, os depositantes nos paraísos fiscais fugiam aos impostos.


Numa recente edição do Le Monde pudemos ler:
- « Après les dirigeants d'entreprise, montrés du doigt pour leurs rémunérations, stock-options et parachutes dorés jugés indécents en ces temps de crise, c'est au tour des commissaires européens d'entrer dans l'oeil du cyclone » […] « qui perçoivent une indemnité atteignant jusqu'à 65 % de leur salaire pendant les trois ans suivant leur départ. » -
De facto (conferir « «http://alternatives-economiques.fr/blogs/raveaud/2009/03/31/le-scandale-des-salaires-et-autres-avantages-des-commissaires-europeens/ ) : « M. Barroso percevra, lorsqu'il quittera ses fonctions, une "indemnité de réinstallation" (24 422 euros, soit un mois de traitement) et une "indemnité de transition" (190 653 euros annuels, versés pendant trois ans) ». – Indemnização de reinstalação ???. Mais : « L'Allemand Martin Bangeman, ancien commissaire aux télécommunications, s'est retrouvé chez le géant espagnol des télécoms Telefonica, l'Italien Mario Monti, ancien commissaire à la concurrence, chez Goldman Sachs, "virtuose des fusions et acquisitions", le Belge Etienne Davignon (industrie) chez Suez-Tractebel, le Britannique Leon Brittan (concurrence) chez UBS Investment Bank, etc. » - Indemnização de reinstalação ???
- Indemnização de reinstalação , para quê??? Com tantos desempregados todos os dias em toda a União Europeia, eles recebem, depois da indemnização opulenta, uma segunda Indemnização de reinstalação ???
Indemnização de reinstalação ??? Repito:
1- « L'Allemand Martin Bangeman, ancien commissaire aux télécommunications, s'est retrouvé chez le géant espagnol des télécoms Telefonica, l'Italien Mario Monti, ancien commissaire à la concurrence, chez Goldman Sachs, "virtuose des fusions et acquisitions", le Belge Etienne Davignon (industrie) chez Suez-Tractebel, le Britannique Leon Brittan (concurrence) chez UBS Investment Bank, etc. Estes senhores não precisaram de Indemnização de reinstalação
2-Os senhores seguintes TAMBÉM não precisaram de Indemnização de reinstalação (ler Expresso on line de 6 de Abr de 2009)
-“ Manuel Dias Loureiro [...] De secretário-geral do PSD subiu a ministro todo-poderoso. [...] A política ofereceu-lhe visibilidade, mediatismo e uma mão-cheia de bons contactos. Os negócios a que se dedicou, depois, renderam-lhe milhões. [...]Os contactos que estabelecera enquanto governante revelavam-se preciosos, e, através de um ministro marroquino próximo do Rei Hassan I, consegue a concessão do fornecimento de água e electricidade a Rabat. [...] O antigo secretário de Estado de Cavaco (José Oliveira Costa, agora em prisão preventiva) oferece quase 55 milhões de euros e Dias Loureiro encaixa 8,2 milhões de euros, cinco dos quais aplica na Sociedade Lusa de Negócios (SLN). Num ano declarou cerca de um milhão de euros de rendimentos, superiores ao do homem que mais portugueses emprega no país a seguir ao patrão Estado, Belmiro de Azevedo. É conselheiro de Estado e o seu nome está na praça pública, por alegadas irregularidades no caso da gestão do BPN. Vive actualmente no Monte Estoril, numa casa adquirida por mais de 2 milhões de euros”( 6 de Abr de 2009 Expresso on line). Este senhor (político) não precisaria de Indemnização de reinstalação.
- Jorge Coelho (PS) “é hoje um dos homens-fortes da Mota-Engil, uma das principais empresas nacionais de construção”. [...] 1988. Altura em que foi para Macau, sob a administração de Carlos Melancia, para sempre ligado ao caso do fax de Macau. Ali exerceu os cargos de chefe de gabinete do secretário de Estado-adjunto dos Assuntos Sociais, Educação e Juventude e secretário-adjunto para a Educação e Administração Pública do executivo de Macau.- Este senhor (político) não precisaria de Indemnização de reinstalação .
- Joaquim Pina Moura (PS): “É há muito apontado como o "homem dos espanhóis" em Portugal. Primeiro assumiu a presidência para o mercado português da Iberdrola (a mesma empresa que entrou na Galp quando ele era ministro da Economia) e deixou a Assembleia da República para governar os destinos da Media Capital (dona da TVI), a convite também de uma empresa espanhola, a Prisa, ligada ao partido socialista de Zapatero. Deixou recentemente o cargo para se dedicar, como disse, "em exclusivo à Iberdrola" numa altura em que a empresa espanhola ganhou, em Portugal, a construção de quatro barragens e a exploração da barragem de Castelo de Bode”. Este senhor (político) não precisaria de Indemnização de reinstalação.
- “Outras figuras catapultadas directamente da política para a banca foram Fernando Nogueira (PSD) e Celeste Cardona (CDS). O primeiro foi ministro-adjunto, ministro dos Assuntos Parlamentares, ministro da Presidência, ministro da Justiça e de depois da Defesa, antes de ser nomeado responsável pelo banco BCP em França. Presidiu ao Millennium em Angola e é actual secretário-geral da Fundação bcp Millennium, em Lisboa. Já Celeste Cardona, que não chegou a aquecer a cadeira da Justiça, no Governo de coligação PSD/CDS-PP, passou, sem perder tempo, das funções governativas para a administração da Caixa Geral de Depósitos, debaixo de fortes críticas. Com a ascensão de Faria de Oliveira à presidência, Celeste Cardona foi transferida para o BCI Fomento como administradora não-executiva, cargo que aceitou, "com muito gosto", como a própria referiu.” - Estes senhores (políticos) não precisariam de Indemnização de reinstalação.
- “A banca foi, ao longo dos últimos anos, um dos sectores que mais acolheu nos seus quadros e conselhos de administração ex-governantes, especialmente ex-ministros das Finanças. Nomes relevantes como os dos socialistas Vítor Constâncio (BPI e mais tarde Banco de Portugal), António Vitorino (Santander-Totta) e dos sociais-democratas, Mira Amaral (BPI/CGD), de onde saiu em 2004 com uma reforma mensal de 18 mil, Miguel Beleza (BCP), Manuela Ferreira Leite (Santander-Totta), Miguel Cadilhe (BCP) e Carlos Tavares (CGD/BPSM/STA). Bagão Félix (BCP) ou Oliveira Costa (BPN), foram membros de órgão sociais da banca privada nacional.” - Estes senhores (políticos) não precisariam de Indemnização de reinstalação.
- “Paulo Teixeira Pinto que chegou mesmo ao topo do maior banco privado nacional. Ex-secretário de Estado da Presidência e porta-voz de Cavaco Silva, Teixeira Pinto foi um homem que subiu a pulso. [...] convidado para integrar o segundo Governo de Cavaco Silva. Finda essa experiência, onde se destacou, ingressou nos quadros do (banco) BCP tendo assumido a assessoria jurídica. Quatro anos depois foi nomeado secretário-geral da sociedade, e, em 2005, assumiu a presidência do maior banco privado nacional, tendo renunciado ao mandato em 2007, sob fogo cruzado com o fundador da instituição, Jardim Gonçalves. Decidiu não trabalhar nos próximos anos para qualquer outro banco. É hoje consultor em várias empresas, vice-presidente da Universidade de Lisboa e dedicou-se, em paralelo, ao negócio da edição e à pintura”- Este senhor (político) não precisaria de Indemnização de reinstalação.
- “Tony Blair (um dos SENHORES DA GUERRA), que depois de dez anos a governar a Inglaterra em nome dos Trabalhistas é hoje um dos homens mais bem pagos da Europa, cobrando entre 125 e 250 mil euros por cada uma das conferências que faz pelo mundo. Além disso, conseguiu um salário de luxo como consultor no banco americano JP Morgan, que agora está no centro do furacão da crise económica mundial. Cobra por esse trabalho 800 mil euros e confessou ao "Financial Times" que estava disponível para aceitar posições noutras empresas. Aceitou, entretanto, o cargo de conselheiro para as relações internacionais e questões ambientais da Zurich Finantial Services.” - Este senhor (político) não precisaria de Indemnização de reinstalação.
- “Também Gerhard Schroeder e José María Aznar (o 3º dos SENHORES DA GUERRA) se deixaram seduzir pela tabela de preços do sector privado. O primeiro, depois de deixar a Chancelaria alemã, passou a representar os interesses da Gazprom, o gigante russo do sector energético; e Aznar ocupa um alto cargo no império de media de Rupert Murdoch. - Estes senhores (políticos) não precisariam de Indemnização de reinstalação.
- “Ângelo Correia (que foi ministro de Cavaco Silva) disse: "A política dá uma base de conhecimentos e experiência muito grandes. Que ninguém diga que não beneficiou nada com o facto de ter passado pela política”: Coitado do Barroso!
Que fez ele, nem que fosse só para, pelo menos verbalmente, morigerar estas situações escandalosas?! Nada de nada.
Participara na “cimeira da vergonha”, a recepção que Barroso fez aos SENHORES DA GUERRA- Vergonha!
Mesmo que seja bom para Portugal (o que não está provado), o pai ou padrinho da cimeira DA VERGONHA e o político que nada fez para corrigir os erros que causaram a crise financeira mundial não deve ser o presidente da Comissão Europeia.

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