quinta-feira, 22 de junho de 2006

trabalho e zelo








Bom dia!

Hoje, praticamente, todos (ou quase) têm acesso ao Ensino até à Universidade.

Em Portugal.

Que querem os alunos?

Aulas sérias, exigentes?
Não, não querem senão entretenimento: logo, as aulas são uma estopada.

Todos os alunos? Claro que não - e são poucos.

Motivação é a palavra de ordem - para os professores.

Portanto, os alunos querem entretenimento, passatempo.

Dado de facto: não se pode negar que o estudo é coisa séria e exigente.Deste jogo franco os alunos não querem saber, preferem o jogo-jogo, a diversão: o facilitismo.

"Kalepa ta kala" disseram os Gregos, isto é, o belo é difícil. E o "belo", no contexto do ensino, é o estudo sério e consequente.

Quer para os alunos quer para os professores: sem trabalho e dedicação constantes e persistentes não há ensino que funcione e frutifique.

O professor é, por definição, um estudioso. O professor deve actualizar-se continuamente, sendo ele mesmo o exemplo vivo de estudante. Tem que ter o máximo de conhecimentos sobre a matéria que lecciona, dominá-la ao máximo.

Repetindo: O aluno é, por definição, um estudioso. O aluno deve actualizar-se continuamente, sendo ele mesmo o exemplo vivo de estudante. Tem que ter o máximo de conhecimentos sobre a matéria que vai aprendendo, dominá-la ao máximo.

Trabalho e zelo de ambos os lados.

Os alunos têm, hoje, interesses que não se harmonizam com trabalho e zelo que o estudo exige.

quarta-feira, 21 de junho de 2006















"Em matéria de ensino, estamos em atraso sucessivo desde o tempo do Marquês de Pombal, aquando da reforma do ensino técnico. [...] Não podemos abrandar o ritmo, pois temos um passivo de 200 anos a recuperar. [...] o grande desafio que até hoje nunca foi equacionado convenientemente, e que tem de o ser, é o da educação PERMANENTE e ao longo da vida. (Expresso SuplementoEmprego, 24Fev2001,p.19,Roberto Carneiro)

O CONHECIMENTO é a chave de tudo



O CONHECIMENTO é a chave de tudo. Muitas coisas na vida te podem ser tiradas: o carro, a casa, o emprego. A única coisa que nunca te poderá ser tirada é o CONHECIMENTO. Com ele, podes fazer, atingir e obter seja o que for.
(Quem o disse?)

sexta-feira, 2 de junho de 2006

os frutos educativos desse tempo de Silva & Leite






No Expresso de 18/06/94, o inenarrável J.Pacheco Pereira dizia “O que se passa no Ministério da Educação deixa-me completamente perplexo. Depois da ministra ter conseguido com a sua firmeza impedir que a contestação às “provas globais” tivesse sucesso, numa refrescante atitude de exercício de boa autoridade, as decisões da semana passada para “facilitar” as passagens de ano, podem deitar tudo a perder. [...] Tomando agora mais uma medida de facilitismo, mudando pela enésima vez os critérios de exigência na passagem dos anos – já deterioradas por sucessivas medidas de laxismo – e, retrospectivamente, alterando as condições de avaliação, parece ter-se voltado ao pior da acção confusa, sem nexo, em que critérios e reformas são mudados ao sabor do dia a dia e de decisões de última hora. Será que não se percebe naquela casa que medidas como esta serão devastadoras da credibilidade da política de educação, reforçam a imagem pública de um ensino secundário sem qualidade e de políticas educativas governamentais sem sentido nem direcção?”

-A ministra: era Manuela Ferreira Leite (Secretária de Estado do Orçamento até 1991 seguindo-se o cargo de Secretária de Estado Adjunta e do Orçamento de onde cessou funções em 1993 para assumir a pasta da Educação), cujo primeiro ministro era o actual Presidente da República Portuguesa, professor(!!!) Cavaco Silva, sendo a mesma hoje candidata (candidata!) a primeiro ministro nos próximos anos.

-“ parece ter-se voltado ao pior da acção confusa, sem nexo”: Claro. Daí que, porque a educação é um longo processo de preparação, estejamos hoje onde estamos, os mais atrasados dos Vinte e Cinco. Aquele facilitismo, imposto por Cavaco Silva, primeiro ministro, e pela citada sua Ministra da Educação, tem hoje os seus péssimos frutos.

A pergunta imprescindível a fazer é esta: quem é que, quem foram os governantes que acabaram com a nota de 14 (ou 16?) valores para se ser dispensado dos exames oficiais?
Quem é que, quem foram os governantes que permitiram que se passasse com 10 valores e se pudesse ir ao exame oral com 8 valores?

- Parafraseando o inefável JPP: São “medidas como essas que foram devastadoras da credibilidade da política de educação, reforçaram a imagem pública de um ensino secundário sem qualidade e de políticas educativas governamentais sem sentido nem direcção e que deitaram tudo a perder” até hoje – 02junho2006.

- A educação é um longo processo de preparação da formação académica, intelectual e cívica e profissional, LONGO: LONGO, já vem desde, pelo menos 1993 (Manuela Ferreira Leite foi Secretária de Estado do Orçamento até 1991 seguindo-se o cargo de Secretária de Estado Adjunta e do Orçamento de onde cessou funções em 1993 para assumir a pasta da Educação).

Estes são os frutos educativos desse tempo de Silva & Leite

quinta-feira, 1 de junho de 2006

FAITH AT WAR





REVIEWS AND PRAISE FOR FAITH AT WAR:

"Part travel book, part political and cultural commentary, part adventure story and altogether (a) superb, gracefully written guide... Each tile is exquisitely wrought...This book deserves a wide readership. The Muslims don't understand us, we don't understand them. Faith at War goes a long way toward solving the second part of that dismal equation. " -- Philip Caputo, The New York Times Book Review. July 17, 2005

"Stylishly written, keenly observed dispatches. Trofimov deals in vivid tableaus." -- William Grimes, The New York Times. June 3, 2005

"Yaroslav Trofimov's political travelogue, Faith at War, is an illuminating arrival in this season of fog. Trofimov is an intrepid, Arabic-speaking traveler who moves in landscapes few other Westerners traverse. As a roving foreign correspondent for the Wall Street Journal, he has often produced newspaper stories rich in detail and nuance, and he has established himself as one of the best in the business. Now he has taken his sweat-stained notebooks and pulled together what he describes as a 'personal account of what's happening on the ground' in the Islamic world. At his best, Trofimov is a master of microcosm. His voice is arch and skeptical -- an itinerant Dashiell Hammett of the Middle East... Trofimov is an entertaining, serious, surprising reporter. It is a pleasure to go with him. Even where I found myself quarrelling with some of Trofimov's analysis, I felt grateful for his detailed eyewitness accounts and independent point of view. Wherever the road twists next, American readers can only hope that its journalistic travelers include more like Trofimov, who has the language and courage to climb over daunting barriers, to report plainly on what he sees and hears and feels on the other side." -- Steve Coll, Washington Post Book World. May 29, 2005

"Epic tour of the post-9-11 Islamic world." -- Jonathan Gurwitz, San Antonio Express-News. Aug. 3, 2005

"Yaroslav Trofimov documents the chilling rise of militant Islam." -- Jeffrey Kuhner, The Washington Times. Dec 18, 2005

"A book full of bleak stories about the state of America's relationship with the Islamic world. Trofimov is at his best when he pairs his impressive reporting skills with provocative analysis." -- Austin Merrill, The Atlanta Journal-Constitution. July 17, 2005

"Thought-provoking... Trofimov describes the convulsive anti-intellectualism, seething anger and violence that afflict many contemporary Islamic societies. One hopes that the dark age Trofimov illuminates today will be replaced by the more peaceful and plural future... " -- Emran Qureshi, The Globe and Mail (Toronto). July 16, 2005

"Sweeping, conversational, literate and interconnected. This narrative speaks to the four years since the 9-11 attack, revealing the dark conflicts within Islam that foreshadow more and more war ahead. The Bosnia chapter is like a paradoxical premonition." -- John Batchelor, ABC Radio. May 19, 2005

"Showing that Islam is a lot more diverse than most Americans realize, Trofimov puts just the right blend of cultural perspective and personal experience into his tour." -- Publishers Weekly. April 18, 2005


"Trofimov casts a wide net and comes up with gems. This well-written and thought-provoking volume is sure to give researchers and those seeking to understand the nuances of that region's response to the West something to talk about." -- Library Journal. April 1, 2005

"Eye-popping peregrinations in places where people are most likely to succeed in hating Americans -- and in killing us too. Essential for readers walking the minefield of U.S.-Arab relations -- for anyone trying to follow the news." -- Kirkus Reviews. March 15, 2005

"To read Yaroslav Trofimov's dispatches from around the Muslim world in The Wall Street Journal was to find the unexpected, the interesting and the true. Now he has delivered a beautifully written book that is at once enormously well reported, humane and amusing, even as he takes on such serious subjects as the deeply flawed occupation of Iraq. I could not recommend it more highly."--Peter Bergen, CNN terrorism analyst, author of Holy War, Inc.

"Yaroslav Trofimov writes in such an eloquent and vivid way that, while reading this fascinating book, we involuntarily travel with its author through the lands of Islam. It is an immensely instructive expedition inside a world that amazes us with its richness, variety, and astonishing paradoxes."--Ryszard Kapuscinski

"Yaroslav Trofimov's Faith at War is not only a breathtaking account of what a sharp-eyed reporter sees, feels and understands under fire and duress while crisscrossing the Muslim world set ablaze by the consequences of 9/11; it is also a great contribution to the intricate relation between faith, war and terror which is at the core of the new century and will be molding the state of world affairs for quite a while. A brilliant narrative, with a vibrant human dimension."--Gilles Kepel, Professor and Chair of Middle East Studies, Institute of Political Studies, Paris; author of The War for Muslim Minds and Jihad

"Faith at War is a clear-eyed and compelling narrative from behind the front lines of the ever escalating conflict between Islam and the West. From Jeddah to Baghdad, from Kabul to Beirut, Trofimov's stories of death, honor, intrigue and war provide a penetrating, nuanced, and necessary antidote to the bland homilies of the nightly news." --Craig Unger, author of House of Bush, House of Saud

"A landmark book about the crisis of Islam today. Trofimov takes us into a Muslim world as much at war with itself as it is with American cultural hegemony, to places where McDonald's competes with Wahhabi fundamentalism and memory of the Crusades is as fresh as rage over the most recent air strike by American F-18s. His work brings to mind the best of V. S. Naipaul."--Evan Wright, author of Generation Kill

calamidade composta de todas as calamidades



01jun06:

O que é a guerra?
Resposta:


1- “É a guerra aquela tempestade terrestre, que leva os campos, as casas, as vilas, os castelos, as cidades, e talvez em um momento sorve os reinos e monarquias inteiras. É a guerra aquela calamidade composta de todas as calamidades, em que não há mal algum que, ou se não padeça, ou se não tema, nem bem que seja próprio e seguro. O pai não tem seguro o filho, o rico não tem segura a fazenda, o pobre não tem seguro o seu suor, o nobre não tem segura a honra, o eclesiástico não tem segura a imunidade, o religioso não tem segura a sua cela; e até Deus nos tempos e nos sacrários não está seguro” (Padre António Vieira (1608-1697), Sermão Histórico e Panegírico nos Anos da Rainha D. Maria Francisca de Sabóia).

2- Em Actual do Expresso de 06 de Maio de 2006, p.58-59, Luísa Meireles fez a recensão de A Fé em Guerra de Yaroslav Trofimov. Daí respigo algumas espigas. Com a indispensável vénia:

Yaroslav Trofimov é um jornalista, que acaba de estrear-se na arte das letras com um livro que né um pequeno mimo: A Fé em Guerra. [...] trabalha para o influente The Wall Street Journal, cujo editor foi capaz de lhe dizer, dias após o 11 de Setembro: “Vai e tenta perceber porquê”. Uma semana depois, Yaroslav aterrava na Arábia Saudita.

Relativamente à invasão-guerra do Iraque «Yaroslav confessa que acreditava que fosse de libertação, mas a realidade depressa o fez perceber o contrário. ” Nem três dias depois do início da guerra, o colapso da sociedade civil já era considerado um mal superior à repressão de Saddam “, escreve ele no seu livro, no primeiro dos três capítulos que dedica àquele país.».


Ingénuo (de início), como todos os outros estúpidos, acreditava que “fosse de libertação”.

A realidade fala sempre eloquente e convincentemente:
ou seja: a libertação foi e está a ser “um mal superior à repressão de Saddam” ( O irremissível).


Yaroslav entrevistado: «Hoje, lamenta ele, um jornalista ocidental já não pode trabalhar no Iraque. Desloca-se em carro blindado e rodeia-se de guardas armados. Uma entrevista não pode durar mais do que meia hora: “O tempo à justa para ser posto em marcha um rapto. Um ocidental, e tanto faz ser americano como europeu significa actualmente ‘milhões em caixa’”»


Pergunta: Como é que pode haver pessoas (pessoas?) que apoiaram e continuam a apoiar esta invasão-guerra? Houve e ainda há. Muitos deles auto-denominam-se católicos (por exemplo, o sr. Ferrabráz Mendaz, acompanhado de católicos e ateus, o sr. Presidente da Comissão Europeia, o sabichoso José Pacheco Pereira, O das Feiras & Cª.): Isto é que é tristeza!!!

Há quem goste da guerra que é “aquela calamidade composta de todas as calamidades, em que não há mal algum que, ou se não padeça, ou se não tema, nem bem que seja próprio e seguro.” Há quem goste! Os acima citados e quejandos gostam e deliciam-se.

Dia Mundial da Criança?!?!?!

Hoje li
  • isto
  • .

    Enquanto uma criança for vítima de maus tratos, enquanto uma criança for violentada sexualmente, enquanto uma criança tiver de trabalhar, enquanto uma criança não receber cuidados médicos, enquanto uma criança tiver fome, enquanto uma criança viver num clima de guerra, ENQUANTO UMA CRIANÇA FOR INJUSTIÇADA este dia nunca será comemorado em pleno e com todo o seu significado.



    Saudações virtuais

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