Vou repetir o que, já convictamente, aqui afirmei, voltando atrás a um dos textos que aqui escrevi: a causa desta atitude provém da entrevista do Presidente da Commisão Europeia ao DN, na qual o entrevistado, ignorando que o elogio em boca própria é vitupério, de novo mente descaradamente quanto à sua culposa e nefanda coloboração político-moral na invasão do Iraque, de cujas consequências horripilantes e hostis aos Direitos Humanos ele também é culpado.
Não há a mais esfarrapada das desculpas para afirmar o que vergonhosamente afirmou na citada entrevista.
Eis a repetição:
[Do Le Nouvel Observateur NOUVELOBS.COM 22.05.06 15:43- (traduzindo):
-Madeleine Albright, que foi membro da administração de Carter no final dos anos 1970 e, depois, secretária de Estado de Clinton de 1997 a 2001, criticou severamente George W.Bush, a 22 maio, em entrevista à Reuters.
-George Bush, que se conta entre os cristãos que redescobriram a fé (os "born-again christians"), revela a importância da sua fé relativamente a certas decisões que toma desde a sua chegada à Casa Branca. Declarou que tinha rezado a Deus para que o aconselhasse antes da invasão do Iraque, em março de 2003.
-Madeleine Albright crê que a guerra no Iraque "poderia muito bem ser classificada entre os piores desastres da politica estrangeira na história dos Estados-Unidos" (em que Barroso colaborou).
Bush "tinha rezado a Deus para que o aconselhasse antes da invasão do Iraque, em março de 2003". - O Papa João Paulo II rezou e pediu aos católicos que rezassem para que aquela invasão não tivesse lugar.
- (Ironia da História?!!!)- Muitos auto-definidos católicos não ligaram nenhuma ao Chefe da Igreja Católica e, transformando Bush em papa, pedi-seguindo Bush, rezaram pelas mesmas razões de Bush:
(Ironia da História?!!!) - Terão sido ouvidos ou não ouviram a Deus?Somente ouviram a Bush - ou Dush?
(Ironia da História?!!!).Dush foi ouvido por Durão Barroso (marxista-católico), por José Pacheco Pereira (marxista ateu, mas não aDush), por Paulo Portas, pelo papista Bagão Félix e por muitos milhares (católicos e não).Afinal a guerra no Iraque "poderia muito bem ser classificada entre os piores desastres da politica estrangeira na história dos Estados-Unidos". - É preciso agradecer a esses rezadores
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Sabemos o estado calamitoso em que o Iraque se econtra hoje: Barroso també é culpado (como todos os que aprovaram essa guerra): na mesma entrevista Barroso afirmou (coitado, coitadinho, coitadíssimo): "A operação do Iraque está a correr manifestamente mal. Está a correr muito mal. E, aí, temos de fazer, com mais tempo e distância, um balanço muito objectivo", disse o ex-primeiro-ministro, actual presidente da Comissão Europeia".
O balanço objectivo está feito: ele é culpado do facto de que "A operação do Iraque está a correr manifestamente mal. Está a correr muito mal"
"É notável a ligeireza como Durão Barroso se exclui da decisão que levou à invasão", diz Luís Fazenda no DN de hoje.
Fazenda continua, e com razão: Barroso "tem de ser responsabilizado pela situação actual", uma "guerra que já provocou milhares de mortes", de civis inocentes massacrados dentro das próprias casas por ordens superiores americanas.
E ainda: "É, além disso, "uma completa falsidade" que, como Durão Barroso disse na entrevista DN/TSF, tenha tido uma "posição moderada" perante a decisão de se invadir o Iraque. "É preciso não esquecer a Cimeira das Lajes. E é preciso não esquecer que, depois, Durão Barroso assinou uma carta com outros seis líderes europeus defendendo uma invasão unilateral do Iraque pelos EUA"
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Houve e ainda há pessoas que asseveraram e quiçá continuam a asseverar que sim: pelos vistos, e a olhos vistos, estes é que sabem esconder as próprias fontes e, a olhos vistos, não o querem revelar à Humanidade: o actual Presidente da Comissão Europeia e José Pacheco Pereira e quejandos tinham e quiçá ainda têm a certeza de que as ADM existiam/existem e (mauzinhos!) não querem, a olhos vistos, revelar nada à Humanidade: a olhos vistos, é pena!
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Mais esta( quanto ao vitupério que é o elogio em boca própria, como fez na entrevista citada o Presidente da Comissão Europeia):
A cobardia obriga as pessoas (obrigou Barroso) a actos dos praticados pelos invasores do Iraque, os quais afinal não são melhores que o ditador que lá tinham e a actos que são a fuga ao dever par com povo que o elegeu.
D' Os Lusíadas I, 40,3 e 4:"é fraqueza desistir-se da cousa começada": e...vivam os cobardes!
Ele(=Barroso, Durão) foi eleito por Portugueses e desistiu do governo por ele começado, depois de prometer que governaria mais 4 anos:
" A presidência da Comissão Europeia foi uma espécie de sorte grande que saiu a Durão na melhor altura da sua carreira política. O desde ontem ex-líder do PSD abandona o Governo no rescaldo de umas eleições em que sofreu uma derrota clamorosa e num momento político em que evidenciava uma enorme incapacidade de fazer a remodelação alargada que há muito lhe era pedida. Dois anos e poucos meses depois de ter entrado em funções o Governo estava paralisado, sem soluções para sair da crise, afundado no descontentamento popular, barricado na consolidação orçamental e apostado exclusivamente em cavalgar o sucesso do Euro 2004 e da selecção nacional. Durão Barroso dava já muitos sinais de não ter a energia necessária para sair do marasmo e estava prisioneiro da voracidade do aparelho partidário, já muito impaciente com a contenção imposta pela ministra das Finanças" (EDUARDO DÂMASO, Público, Sexta-feira, 02 de Julho de 2004 ).
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E quanto é preciso esperar para ver castigados os mentirosos?
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