Jesus de Nazareth, afinal, é ou não imortal?
Oh! vamos ver.
Na, aceite já pela tradição, Sexta-feira Santa, Jesus de
Nazareth faleceu: feneceu, morreu; era, pois, mortal. Não era imortal.
Olá! Na já aceite tradição, ao terceiro dia Jesus de Nazareth
é dado como ressuscitado: isto é, venceu a morte, tornou a viver. Assim,
entretanto demonstrou-se que era mortal precisamente porque faleceu. Depois da
ressurreição demonstrou-se que venceu a morte, tornou a viver.
Ressurreição? Venceu a morte – que é que isto quer dizer?
Tornou-se imortal? O mortal tornou-se imortal? Esta tese é racional? Esta tese
pode ser racional, mas somente depois do fim dos tempos e da verificação, aí
nessa altura, do facto de ainda estar vivo. Objecções
estarão no horizonte- ouvem-se vozes. Ainda subsistem objecções?
Não sabemos ao certo se objecções perduram.
Há que averiguar.
Ah, pois! Quando será o fim dos
tempos? O facto de ainda estar vivo no fim dos tempos só prova que está vivo,
não demonstra que é imortal. Se, aí nessa altura, está vivo, então ainda não é
o do fim dos tempos, fim que se obstina a não chegar. Se fosse o fim dos tempos
e, consequentemente, da vida, então existindo um imortal ainda não seria o fim
dos tempos. Teriam falecido todos os mortais, e quem testemunharia da
existência do próprio imortal? Ninguém! Ficamos sem o imortal.
Se...
É ?