sexta-feira, 3 de agosto de 2012






                                NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo - fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!
                   Valete, Frates

Fernando Pessoa, do NEVOEIRO da MENSAGEM

- Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,

-Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.

É a hora!
                   Valete, Frates

quinta-feira, 28 de junho de 2012

sábado, 28 de abril de 2012

DiZ-mE eM Quem acreditaR?

O Passos mente mente mente MENTE

e MEnTE as mãos nos bolsos dos cidadãos
e tira-lhes o pouco que possuem.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012


A ortografia não é a Língua. Sempre a Língua (oral) ANTECEDEU a Língua ESCRITA. ESTA veio DEPOIS. Primeiro aprendemos a falar e, DEPOIS, aprendemos a escrever. ANTES da e SEM ortografia JÁ há Língua. Os analfabetos não sabem escrever (=grafia), não escrevem, MAS usam a Língua: FALAM SEM (ORTO)GRAFIA. A Língua dos povos nasceu naturalmente; aprendemos naturalmente a falar. A Língua oral É ORAL, NÃO É gráfica, é Língua; e, sem escrita e/ou ortografia, os povos comunicaram sempre. EXACTAMENTE PORQUE a Língua não é a ortografia.
A (orto)grafia é “FABRICADA” pelos falantes – é artificial, NÃO É NATURAL aos falantes, é ARBITRÁRIA; segundo as suas conveniências (nem sempre universalmente admitidas), os falantes “FABRICAMsinais gráficos para representar a Língua falada; estes transformam-se conformes aos tempos e às diversas realidades históricas. A grafia chinesa não é a grega, esta é a nossa, e por aí fora. Não sei como se (orto)grafa “filosofia” em sânscrito; a “filosofia” será sempre “filosofia” quer se ortografe com “f” quer com “ph” quer em sinais gráficos do sânscrito: o “constitucional” e/ou o “inconstitucional”, em termos linguístico-gráficos (salvo opinião contrária devidamente argumentada) não tem valimento. A ortografia não é a Língua e a Língua não é a ortografia.
Porque a ortografia não é a língua "a língua não se muda por decreto": o AO NÃO MUDOU a língua; NÃO HÁ "novo Português". Sob este aspecto, Ivo Miguel Barroso não tem razão; quer protagonismo mediático.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Duas gerações: SUBVERSÃO ?

Duas gerações: SUBVERSÃO ?

SUBVERSÃO ?









SUBVERSÃO ?

1º FACTO: “A Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos portugueses” (ver Artigo 147º da Constituição da República Portuguesa). No Expresso de Quarta feira, 15 de dezembro de 2010: “O Parlamento decidiu hoje, por unanimidade, aplicar o novo Acordo Ortográfico a partir de 1 de janeiro de 2012”. Por unanimidade!

2º FACTO:O Governo é o órgão de condução da política geral do país e o órgão superior da administração pública” (ver Artigo 182º da Constituição da República Portuguesa). No Expresso de Quinta feira, 9 de dezembro de 2010: “O Governo aprovou hoje uma resolução que determina a aplicação do acordo ortográfico da língua portuguesa no sistema educativo no ano letivo de 2011/2012 e na administração pública a partir de 01 janeiro de 2012.” Resolução que determina!

3º FACTO: “Compete ao Tribunal Constitucional apreciar a inconstitucionlidade e a ilegalidade (...)”(ver Artigo 223º da Constituição da República Portuguesa). Compete ao Tribunal Constitucional!

 4º FACTO:  No Expresso de Domingo, 21 de março de 2010: “Nota da Direcção do Expresso sobre o Acordo Ortográfico - O Expresso apoia e vai adoptar o novo Acordo Ortográfico.”- Nota da Direcção do Expresso!

4º FACTO:  Vasco Graça Moura acaba com Acordo Ortográfico no CCB porque
1-    Angola e Moçambique ainda não ratificaram o documento;
2-    Vasco Graça Moura considera inconstitucional a resolução aprovada em janeiro de 2011 pelo Conselho de Ministros.

Leitura:
1-    Angola e Moçambique é que determinam o que a Assembleia da República Portuguesa e o Governo português devem ou não devem, podem ou não podem fazer. Isto é verdade, de facto “o primeiro-ministro Passos Coelho respondeu que "o Governo não tem nenhum esclarecimento"”. Não temos Governo em Portugal: no topo da imaginação, uma banana desgoverna Portugal.
2-    O que compete ao Tribunal Constitucional compete agora ao Vasco Graça Moura.
3-    A Direcção do Expresso, afirma que as novas normas não afectam - antes contribuem - para a clarificação da língua portuguesa e não considera a ideia de que a ortografia afecta a fonética, mas sim o contrário.
4- O sempre ressabiado-triste-infeliz Vasco Graça Moura não percebeu que a Língua não é a grafia e que a grafia não é a Língua: para perceber isto, basta não ser um mamífero perissodáctilo, da família dos Equídeos, menos corpulento que o cavalo, mas com orelhas mais compridas.


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

MO(NU)MENTOS














1º- “Eu, Aníbal Cavaco Silva, PdaRPortuguesa, também tenho dificuldades, pelo que devo fazer e faço sacrifícios, tenho uma pensão de 1300 €uros e, pouco mais, uns diminutos 800€uros poupados da reforma de minha mulher”. Falhas de memória temos todos: o PdaRPortuguesa não quis ser insolente manifestando que, somente em numerário, pelo menos já tem 10.000€uros de pensões mais cerca de 3000€ para ajudas de custo. Foi um EXEMPLO!
2º- “Eu, Aníbal C. S., PdaRPortuguesa esclareço que não fui “suficientemente claro quanto à intenção do que queria transmitir", a minha intenção foi ILUSTRAR, com o meu próprio exemplo,(...)”. EXEMPLO!
São dois EXEMPLOS.
3º - Um Dicionário diz que: a) “exemplo” é “tudo o que pode ou deve servir para modelo ou para ser imitado”; b) “modelo” é “pessoa exemplar, perfeita, digna de ser imitada”. Tudo isto significa que, neste contexto, “exemplo” quer dizer que o PRPortuguesa  SE ASSUMIU como “pessoa exemplar, perfeita, digna de ser imitada”. Ora:

3.1 – Afirmavam já os Romanos: “LAUS IN ORE PROPRIO VILESCIT, isto é, louvor em boca própria é vileza, ou seja, ninguém deve louvar-se a si mesmo”. O PRPortuguesa louvou-se a si mesmo: isso é vileza, quem a si próprio se elogia está a envilecer-se, isto é, a tornar-se vil: aquela “pessoa exemplar, perfeita, digna de ser imitada” é vil.

3.2 – Afirmou o nosso amigo Luís (o Vaz de Camões) «Que outrem possa louvar esforço alheio,/ Cousa é que se costuma e se deseja; / Mas louvar os meus próprios, arreceio / Que louvor tão suspeito mal me esteja”; ver Canto III, estrofe 4ª, versos 1-4 d’Os Lusíadas. – No mencionado contexto, todos tememos que louvor tão suspeito mal esteja ao PRPortuguesa.

3.3 – Afirmamos: gabarola!


                                             







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