quinta-feira, 27 de outubro de 2011





 
Alguém no facebook de 27out11 escreveu:
Se todas falarem sem o acordo ortográfico e sem erros...”
Comentário meu:
1-    O Acordo é ortográfico, isto é, orto+G R Á F I C O:
a)     o Dicionário regista que “orto-  elem. de formação de palavras que exprime a ideia de direito, exacto, recto.(Do gr. orthós, «recto; direito; correcto»)”;
b)    quanto a “gráfico”, sabemos que tem a ver com grafia, isto é, como o Dicionário regista, “emprego dos sinais escritos para exprimir as ideias; maneira de escrever”;
c)     assim, como o Dicionário regista, “ortografia s. f.  forma correcta de escrever as palavras;  (gram.) parte da gramática que ensina a escrever bem;
d)    portanto: tem a ver com o “escrever”.
2-    Não é, pois, acordo fónico, fonético, sonoro, áudio. Ora “Se todas falarem sem o acordo ortográfico”:
a)     “falar”, como o Dicionário regista, é “exprimir por palavras;” e “palavra” é “som ou conjunto de sons[...]”;
b)    isto é, sempre falámos, falamos e falaremos SEM acordo ortográfico, exactamente porque é “...gráfico”.
3- A ortografia não é a Língua. Historicamente falando, em todos os povos a Língua oral antecedeu a Língua escrita. Sabemos que, relativamente à oralidade, a escrita é tardia.
Na vida real, primeiro aprendemos a falar (=falamos) e, depois, aprendemos a escrever (=escrevemos): as crianças, primeiro, aprendem a falar e falam; e, depois de aprenderem a escrever, escrevem. Os analfabetos falam, não sabem escrever, não escrevem. A Língua nasceu naturalmente nos povos; na vida real aprendemos naturalmente a falar. A Língua oral não tem nem grafia nem, portanto,ortografia; e, sem escrita e/ou ortografia, os povos comunicaram sempre. Na vida real aprendemos a falar sem (orto)grafia.
Na vida real aprendemos a falar sem (orto)grafia. Esta, quando aparece, é “fabricada” pelos falantes – é artificial; e, segundo as suas conveniências (nem sempre universalmente aceites), os falantes “fabricam” sinais gráficos para representar a Língua falada; estes sinais podem transformar-se e transformam-se com o andar dos tempos e segundo as diversas realidades históricas. A grafia chinesa não é a mesma que a grega, nem esta é igual à nossa, e por aí fora. Não sei como se escreve “filosofia” em sânscrito; sabemos, todavia, que a “filosofia” será sempre “filosofia” quer se ortografe com “f” quer com “ph”. O “certo” e o “errado”, em termos (linguístico-)ortográficos, (salvo opinião contrária devidamente argumentada) não me parece que seja aplicável. A ortografia não é a Língua e a Língua não é a ortografia

 
 
 
 
 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

VIOLAÇÃO


1- Sócrates prometeu não aumentar impostos e, assim que subiu ao poder, aumentou o IVA. Era um mentiroso!
Passos Coelho afirmou que, se tivesse que aumentar impostos, seria sempre os de consumo e nunca os do rendimento de trabalho. Assim que subiu ao poder, cria uma taxa extraordinária de IRS. É um político equilibrado.

2- O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho negou hoje (21jul11) em Bruxelas que haja um buraco "colossal" nas contas públicas, considerando que houve uma utilização abusiva do termo que utilizou para descrever o esforço que terá de ser feito para acomodar um desvio.
"Não há nenhum buraco colossal nas contas públicas. Creio que todos aqueles que seguem a política em Lisboa já o perceberam nesta altura.

3- Na última campanha eleitoral o candidato Pedro Passos Coelho foi interpelado por uma aluna da Escola Secundária de Vila Franca de Xira sobre a possibilidade de o subsídio de natal ser subtraído aos trabalhadores.
Passos Coelho respondeu que isso seria um disparate.
Isto aconteceu precisamente no dia 1 de Abril de 2011.
O DIA DAS MENTIRAS!
Decorridos aguns meses, o agora 1º ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou que os trabalhadores e pensionistas irão ser tributados no subsídio de natal pela importância correspondente a 50% do excedente do valor do salário mínimo nacional. – Já agora: são “roubados” os subsídios de férias e de Natal de 2012 e de 2013



4- Citações de:

4.1 - Cavaco Silva considerou hoje (19 out11) que a suspensão dos subsídios de férias e de Natal da administração pública e dos pensionistas é "a violação de um princípio básico de equidade fiscal; - é sabido por todos [...] que a regressão de vencimentos ou de pensões a grupos específicos é um imposto"; “Eu não sei se nalguns casos, principalmente dos pensionistas, por aquilo que me chega à Presidência da República, estes limites não podem já ter sido ultrapassado”; - "A austeridade orçamental, só por si, não garante que, no futuro, o país se encontrará numa trajectória de crescimento económico e melhoria das condições de vida";



4.2 - FERREIRA FERNANDES (2011-10-18): “[...] quando um político em campanha diz que não mexe nos subsídios, no caso de ser promessa vã, topa-se na face? Levanta as sobrancelhas? Gira os olhos? Passa a mão na melena?... "Na face vê-se tudo", garante o professor. Chamou-nos ceguinhos”.

4.3- No Expresso on line de 17out11:

- Nicolau Santos escreveu:

Sr.primeiro-ministro, “V.Exa. faz o que disse que não faria, faz mais do que deveria e faz sempre contra os mesmos.- A lista de malfeitorias contra os trabalhadores por conta de outrem é extensa - não têm a menor noção de como estão a destruir a delicada teia de relações que sustenta a nossa coesão social.”

Pedro Adão e Silva escreveu:

“a solução agora proposta é a mesma que levou ao descalabro económico e social que se vive nas ruas de Atenas - inevitavelmente duas consequências: o colapso da procura interna e uma recessão ainda mais profunda do que o previsto - O primeiro-ministro justificou os cortes bem além do memorando da troika com base num conjunto de surpresas que terá encontrado. Nenhum dos documentos de execução orçamental conhecidos dá cobertura às afirmações de Passos Coelho.”

Daniel Oliveira escreveu:

 “Depois desta decisão todas as empresas ligadas ao comércio podem começar a preparar-se para fechar as portas. E depois delas todas as empresas que as fornecem. E quando tudo fechar, sempre quero saber onde vai o Governo sacar impostos.”

Miguel Sousa Tavares escreveu:

“- O que ele agora nos veio dizer foi isto: "morram primeiro, que eu ressuscito-vos depois". - Subindo sem parar os impostos a todos os que ainda produzem, massacrando o consumo interno, o Governo está a matar a economia para pagar o despesismo público. - Já basta e ofende a desculpa da herança do anterior governo. Primeiro, porque juraram que não o fariam; segundo, porque só mostra que nada sabiam do estado do país e não estavam preparados para governar, mas apenas para ocupar o poder; terceiro, porque, que se tenha percebido, o tal buraco inesperado de 3000 milhões decorre, todo ele, da privatização do BPN, nas condições definidas por este Governo, e das dívidas escondidas do querido Jardim, criatura emérita do PSD. E resta este facto: desde que o actual Governo tomou posse, todos os indicadores económicos da conjuntura não fizeram senão agravar-se - todos, sem excepção.”

"morram primeiro, que eu ressuscito-vos depois":

 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Jurar a pés juntos



Em 5 de Junho (2011) Sócrates foi derrotado nas eleições; para o lugar dele foi PPassos Coelho.

 “Jurar a pés juntos”: a Inquisição (a Santa), aos acusados de heresias acorrentava as mãos e os pés (juntos) torturando-os até dizerem a verdade. Que significa hoje a expressão “Jurar a pés juntos”? É utilizada para significarmos a veracidade de algo que uma pessoa diz.

Em plena campanha eleitoral PPassos Coelho jurou a pés juntos:

1-      asseguro-vos (aos Portugueses) que nunca aumentarei os impostos nem cortarei o 13.º mês. ASSEGUROU-nos. Estamos em Outubro: deixámos de estar assegurados: aumenta impostos, elimina o 13.º e o 14.º mêses dos dois anos que ainda aí vêm.

2-      asseguro-vos (aos Portugueses) que irei cortar nas GORDURAS do Estado. Onde estão essas gorduras? Eu, Passos Coelho, asseguro-vos, as gorduras do Estado são/estão nos funcionários públicos que ganham mais que 1000€ mensais.

Pedro Passos Coelho, que ninguém obrigou a ser PM, assegurou-nos. Agora que é PM-não-obrigado a sê-lo, está a assegurar-nos que MENTIU.



Já é altura de se criar na mentalidade dos Portugueses uma nova temática, esta: AS MENTIRAS de COELHO,
este Pedro Passos
 



Duas gerações

Duas gerações
no

Vais perder mais de mil euros duas vezes em 2011, 2012 e 2013.
Tu és muitos milhares de portugueses.
Esses milhares perdidos fazem com que os "TU" comprem menos; comprando menos, menos impostos entram nos bolsos do Governo/Estado: a austeridade provoca perda de receita (fiscal e outra). Diminuindo a receita fiscal, continuando a diminuir, de onde nascerá a receita de que o Estado necessita?
É demasiado fácil governar somente a surripiar dinheiro aos contribuintes: quem surripia é 

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