sexta-feira, 31 de março de 2006
Já comprei o livro
O narrador acha que uma das personagens nunca leu um romance do Nobel português.
Estamos nos finais de 2005.
A- Tu, B, nunca leste um romance do Saramago.
B- Li o último.
A- Ah sim?! Então qual é o título?
B- ...Não me lembro, mas já o comprei.
A- Então de que é que trata? Qual é o tema desse romance?
B- ... ainda o não li.
quarta-feira, 29 de março de 2006
Viva o fundador do facilitismo no ensino em Portugal, o pai do “monstro":
“Mais sintomático ainda, é quando Cavaco Silva enuncia como programa do seu mandato aquilo que verdadeiramente é um programa de Governo. Quase nada de política externa ou de defesa - as únicas zonas onde ainda partilha constitucionalmente algum poder com o Governo; e nada sobre a qualidade da democracia e os direitos de cidadania, que lhe cabe vigiar. Em vez disso, a reforma da justiça, do ensino e qualificação profissional e do financiamento da segurança social. Tudo, curiosamente, não apenas matérias da estrita competência do Governo, mas também matérias, que era suposto terem sido resolvidas com as célebres "reformas da década", que ele anunciou ter feito e, como se vê, não fez.
De facto - e aí reside o essencial da minha crítica ao "cavaquismo" - Cavaco Silva teve dez anos privilegiados para governar e fazer as reformas de que o país precisava e gastou-os a fazer estradas, hospitais e pouco mais. Deixou a justiça em roda livre, aumentou o "monstro" da Administração Pública sem a reformar, deixou a educação entregue aos sindicatos e as verbas para formação do Fundo Social Europeu entregues a vigaristas sem escrúpulos, e a Segurança Social na ante-véspera da falência. Tudo aquilo que ele agora anuncia ir exigir que este Governo faça e que ele não fez, quando tinha maioria absoluta, uma enxurrada de dinheiros europeus e uma situação económica internacional invejável, com juros baixos e energia barata” (escreveu Miguel Sousa Tavares, Expresso, 11 de Março de 2006).
Pai do "monstro"- Cadilhe disse.
“Mais sintomático ainda, é quando Cavaco Silva enuncia como programa do seu mandato aquilo que verdadeiramente é um programa de Governo. Quase nada de política externa ou de defesa - as únicas zonas onde ainda partilha constitucionalmente algum poder com o Governo; e nada sobre a qualidade da democracia e os direitos de cidadania, que lhe cabe vigiar. Em vez disso, a reforma da justiça, do ensino e qualificação profissional e do financiamento da segurança social. Tudo, curiosamente, não apenas matérias da estrita competência do Governo, mas também matérias, que era suposto terem sido resolvidas com as célebres "reformas da década", que ele anunciou ter feito e, como se vê, não fez.
De facto - e aí reside o essencial da minha crítica ao "cavaquismo" - Cavaco Silva teve dez anos privilegiados para governar e fazer as reformas de que o país precisava e gastou-os a fazer estradas, hospitais e pouco mais. Deixou a justiça em roda livre, aumentou o "monstro" da Administração Pública sem a reformar, deixou a educação entregue aos sindicatos e as verbas para formação do Fundo Social Europeu entregues a vigaristas sem escrúpulos, e a Segurança Social na ante-véspera da falência. Tudo aquilo que ele agora anuncia ir exigir que este Governo faça e que ele não fez, quando tinha maioria absoluta, uma enxurrada de dinheiros europeus e uma situação económica internacional invejável, com juros baixos e energia barata” (escreveu Miguel Sousa Tavares, Expresso, 11 de Março de 2006).
Pai do "monstro"- Cadilhe disse.
terça-feira, 28 de março de 2006
D'Os Lusíadas I, 40,3 e 4:
"é fraqueza
desistir-se da cousa começada": e...
vivam os cobardes!
Ele foi eleito por Portugueses e desistiu do governo por ele começado, depois de prometer que governaria mais 4 anos:
" A presidência da Comissão Europeia foi uma espécie de sorte grande que saiu a Durão na melhor altura da sua carreira política. O desde ontem ex-líder do PSD abandona o Governo no rescaldo de umas eleições em que sofreu uma derrota clamorosa e num momento político em que evidenciava uma enorme incapacidade de fazer a remodelação alargada que há muito lhe era pedida.
Dois anos e poucos meses depois de ter entrado em funções o Governo estava paralisado, sem soluções para sair da crise, afundado no descontentamento popular, barricado na consolidação orçamental e apostado exclusivamente em cavalgar o sucesso do Euro 2004 e da selecção nacional. Durão Barroso dava já muitos sinais de não ter a energia necessária para sair do marasmo e estava prisioneiro da voracidade do aparelho partidário, já muito impaciente com a contenção imposta pela ministra das Finanças" (EDUARDO DÂMASO, Público, Sexta-feira, 02 de Julho de 2004 ).
Saudações webianas
"é fraqueza
desistir-se da cousa começada": e...
vivam os cobardes!
Ele foi eleito por Portugueses e desistiu do governo por ele começado, depois de prometer que governaria mais 4 anos:
" A presidência da Comissão Europeia foi uma espécie de sorte grande que saiu a Durão na melhor altura da sua carreira política. O desde ontem ex-líder do PSD abandona o Governo no rescaldo de umas eleições em que sofreu uma derrota clamorosa e num momento político em que evidenciava uma enorme incapacidade de fazer a remodelação alargada que há muito lhe era pedida.
Dois anos e poucos meses depois de ter entrado em funções o Governo estava paralisado, sem soluções para sair da crise, afundado no descontentamento popular, barricado na consolidação orçamental e apostado exclusivamente em cavalgar o sucesso do Euro 2004 e da selecção nacional. Durão Barroso dava já muitos sinais de não ter a energia necessária para sair do marasmo e estava prisioneiro da voracidade do aparelho partidário, já muito impaciente com a contenção imposta pela ministra das Finanças" (EDUARDO DÂMASO, Público, Sexta-feira, 02 de Julho de 2004 ).
Saudações webianas
Um dos três F's!
Hoje ouvi na rádio que Portugal vai parar logo à noite por causa do Benfica e, logo de seguida, que França está parada numa mega greve geral (à qual até a comunicação social aderiu) pela defesa de uma questão social e contra uma lei injusta e cruel. Pensei: assim se vê a diferença entre um país do terceiro mundo e um país evoluído e sério!
Queixas, realmente, por aqui não faltam! Mas e fazer alguma coisa? O medo ainda é palavra de ordem no meu país e eu tenho pena de ser portuguesa por isso mesmo!
Saudações virtuais
Hoje ouvi na rádio que Portugal vai parar logo à noite por causa do Benfica e, logo de seguida, que França está parada numa mega greve geral (à qual até a comunicação social aderiu) pela defesa de uma questão social e contra uma lei injusta e cruel. Pensei: assim se vê a diferença entre um país do terceiro mundo e um país evoluído e sério!
Queixas, realmente, por aqui não faltam! Mas e fazer alguma coisa? O medo ainda é palavra de ordem no meu país e eu tenho pena de ser portuguesa por isso mesmo!
Saudações virtuais
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